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Companheiro confessa assassinato de mulher e três filhos em Jaboticabal

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A cidade de Jaboticabal, no interior de São Paulo, foi palco de uma chocante revelação na última terça-feira (23), quando Milton Gonçalves Filho, de 48 anos, confessou ter assassinado sua companheira, Sabrina de Almeida Lima, de 27 anos, e os três filhos dela: Eduardo Felipe Lima dos Santos, de 10, Victor Hugo Lima dos Santos, de 8, e Luiz Henrique Lima dos Santos, de 6. A tragédia em Jaboticabal, que se desenrolou após dias de desaparecimento, culminou na descoberta dos corpos em covas rasas na área rural da cidade. O caso abalou profundamente a comunidade e provocou um clamor generalizado por justiça, enquanto familiares das vítimas expressam inconformismo diante da brutalidade dos crimes.

A confissão que revelou a barbárie

O crime e a descoberta dos corpos

Milton Gonçalves Filho, funcionário público, admitiu às autoridades policiais ter cometido os brutais assassinatos. Segundo seu depoimento, os corpos de Sabrina de Almeida Lima e seus três filhos foram enterrados em covas rasas, localizadas em uma área de mata próxima à fazenda onde a família residia, na zona rural de Jaboticabal. A confissão veio à tona após dias de intensas buscas e investigações sobre o desaparecimento de Sabrina e das crianças, ocorrido desde a quinta-feira anterior (18).

Os detalhes do crime são particularmente chocantes. Milton Gonçalves Filho revelou ter utilizado uma marreta e um facão para cometer os assassinatos. As armas do crime, juntamente com uma pá que teria sido empregada para cavar as covas, foram apreendidas pelas equipes policiais. Após a confissão, o suspeito foi preso em flagrante e conduziu os policiais até o local exato onde as vítimas estavam sepultadas, selando o desfecho trágico de uma busca que mobilizou a região. A frieza com que os crimes foram planejados e executados, segundo os detalhes que emergiram, deixou a população estarrecida.

A farsa do desaparecimento e a busca angustiante

O relato enganoso e a desconfiança da família

O desaparecimento de Sabrina e dos filhos foi inicialmente reportado por Milton Gonçalves Filho com uma versão fabricada para despistar as investigações. Ele chegou a alegar à polícia e aos familiares de Sabrina que ela teria saído de casa para usar cocaína, levando os meninos consigo. No entanto, essa narrativa foi imediatamente contestada pela família da vítima. Anderson Braz de Almeida, tio de Sabrina, expressou sua desconfiança desde o primeiro momento. Ele relatou que Milton demorou a avisar sobre o suposto sumiço, comunicando a família de Sabrina apenas no sábado (20), dois dias após o desaparecimento.

A mãe de Sabrina, Joviniana Braz de Almeida, desmentiu veementemente a versão do genro, afirmando que a filha, embora tivesse um histórico de uso de drogas, estava “limpa” há dez meses e não havia razado para se drogar. Anderson também questionou a atitude de Milton. Ele lembrou que Sabrina havia levado mangas para as avós na quinta-feira e que, na sexta-feira, um sobrinho de Milton enviou uma mensagem pedindo que ele levasse as crianças à casa da avó, que havia comprado remédios para elas. Milton visualizou a mensagem, mas não respondeu. No sábado, ele simplesmente chegou afirmando que Sabrina havia desaparecido, sem sequer perguntar se ela estava na casa dos parentes, o que aumentou a suspeita da família.

A cronologia da busca e a participação de equipes especializadas

Com o boletim de ocorrência registrado pela família de Sabrina no sábado (20), as buscas por ela e seus filhos foram imediatamente iniciadas. No domingo (21), a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros começaram a varrer a área rural de Jaboticabal, concentrando-se nos arredores da fazenda onde a família morava. A intensidade das buscas aumentou na segunda-feira (22), com a chegada de reforços e equipes especializadas.

Além das forças locais, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Grupamento de Ações em Emergências e Desastres (GAED), de São Paulo, foram mobilizados. O GAED trouxe consigo um cão farejador, na esperança de encontrar Sabrina e as crianças com vida. A falta de comunicação com Sabrina também foi um fator complicador; ela não possuía celular, e os contatos da família eram feitos exclusivamente através do aparelho de Milton, o que dificultou a obtenção de informações independentes sobre seu paradeiro. Infelizmente, os esforços culminaram na trágica descoberta dos corpos, após a confissão do principal suspeito na terça-feira.

Repercussões e o clamor por justiça

A prisão do cúmplice e a indignação popular

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O impacto da confissão de Milton Gonçalves Filho reverberou rapidamente por Jaboticabal. No mesmo dia em que o crime foi revelado, o filho de Milton, que estava na residência quando Sabrina e os meninos desapareceram, também foi preso por suspeita de envolvimento nos crimes. A Polícia Civil segue investigando o grau de participação dele nos assassinatos.

A notícia do assassinato e da descoberta dos corpos gerou uma onda de indignação na cidade. Dezenas de pessoas se reuniram em frente à delegacia de polícia, clamando por justiça para Sabrina e seus filhos. Anderson Braz de Almeida, tio das vítimas, expressou o sentimento de revolta da família e da comunidade. Ele pediu que a justiça seja feita de forma rigorosa, exigindo que Milton e todos os envolvidos sejam punidos com a pena máxima prevista em lei, para que cumpram o maior tempo possível de reclusão. A brutalidade dos fatos uniu a população em um desejo comum por uma resposta judicial exemplar.

A visão do delegado e o encaminhamento dos corpos

O delegado responsável pelo caso, Oswaldo José da Silva, forneceu detalhes adicionais sobre a dinâmica dos assassinatos. Segundo ele, Milton confessou ter matado Sabrina no mesmo dia em que ela supostamente desapareceu, na quinta-feira. O motivo, conforme o depoimento de Milton, teria sido a recusa de Sabrina em retornar para casa, um detalhe que ele não explicou completamente. O delegado acrescentou que, como as crianças estavam junto e poderiam ser testemunhas do assassinato da mãe, Milton teria decidido dar o mesmo fim a elas, eliminando qualquer prova dos seus atos.

Após a descoberta dos corpos, eles foram imediatamente encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara, onde seriam submetidos a exames periciais para confirmar as causas das mortes e auxiliar nas investigações. Até o momento, não há informações divulgadas sobre os arranjos para o velório e o sepultamento das vítimas, que aguardam a liberação dos corpos pelo IML. A investigação continua para elucidar todos os detalhes e responsabilidades.

Perguntas frequentes (FAQ)

Quem são as vítimas do crime em Jaboticabal?
As vítimas são Sabrina de Almeida Lima, de 27 anos, e seus três filhos: Eduardo Felipe Lima dos Santos, de 10 anos, Victor Hugo Lima dos Santos, de 8, e Luiz Henrique Lima dos Santos, de 6.

Como o crime foi descoberto?
Após dias de busca intensa e a desconfiança da família em relação à versão do companheiro de Sabrina, Milton Gonçalves Filho, ele confessou os assassinatos à polícia e indicou o local onde os corpos foram enterrados.

Qual foi a motivação inicial apontada para os assassinatos?
Segundo o depoimento do assassino à polícia, ele teria matado Sabrina após ela se recusar a voltar para casa. As crianças teriam sido mortas por serem testemunhas do assassinato da mãe.

Há outros envolvidos nos crimes?
Sim, o filho de Milton Gonçalves Filho também foi preso por suspeita de envolvimento nos crimes. A polícia investiga sua participação nos assassinatos.

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Fonte: https://g1.globo.com

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