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Assassinato de ex-chefe de gabinete em Rio Preto durou dois minutos

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O assassinato de Pablo Frazato, de 45 anos, ex-chefe de gabinete do vereador Professor Tadeu de Lima (União Brasil), abalou a cidade de São José do Rio Preto e se tornou o foco de uma intensa investigação policial. Na última sexta-feira (19), Frazato foi morto a tiros em sua própria residência, um crime que as autoridades confirmaram ter durado apenas dois minutos. A rapidez da execução e a ausência de sinais de arrombamento na propriedade são elementos que intrigam os investigadores da Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC) local. Enquanto a polícia busca identificar o suspeito, detalhes sobre o percurso do atirador e os desafios enfrentados pela equipe de investigação vêm à tona, desenhando um cenário complexo para a elucidação do mistério que cerca o assassinato de ex-chefe de gabinete em São José do Rio Preto.

A dinâmica do crime e os primeiros indícios

A brutalidade do assassinato de Pablo Frazato, ocorrido em sua casa em São José do Rio Preto, foi caracterizada pela sua extrema rapidez. Conforme o boletim de ocorrência, imagens de câmeras de segurança da residência registraram a entrada de um suspeito às 16h19. Vestindo uma blusa vermelha, o indivíduo permaneceu no imóvel por apenas dois minutos, saindo às 16h21 em uma motocicleta. Essa linha do tempo exígua sugere uma ação premeditada e focada, levantando questões sobre a identidade do assassino e a natureza de sua relação com a vítima. A polícia trabalha intensamente para identificar o motociclista, cuja imagem se tornou um dos principais pontos de partida para a investigação. A análise do percurso de fuga e possíveis outros registros de segurança na região são fundamentais para traçar o rastro do suspeito.

O registro das câmeras de segurança

As câmeras de segurança da residência de Pablo Frazato desempenharam um papel crucial ao registrar os momentos da entrada e saída do suspeito. Contudo, a análise dessas imagens tem sido dificultada por um problema técnico: parte dos registros foi danificada durante a retirada do equipamento, impossibilitando a visualização completa dos eventos. Essa falha representa um obstáculo significativo para os investigadores, que dependem dessas gravações para identificar o atirador e compreender a sequência exata dos fatos dentro da casa. Apesar do contratempo, a polícia continua empenhada em recuperar o máximo de informações possível dos fragmentos disponíveis, utilizando tecnologias forenses avançadas para tentar reconstruir os momentos críticos do crime.

As linhas de investigação da polícia

A Divisão Especializada em Investigações Criminais (DEIC), sob a coordenação do delegado Fernando Tedde, explora diversas linhas de investigação para desvendar o assassinato. Uma das primeiras constatações foi a ausência de sinais de arrombamento no imóvel e de luta corporal, sugerindo que a vítima possa ter permitido a entrada do assassino. Essa hipótese se fortalece pela rapidez do crime e pela natureza do ataque, que resultou em um tiro na cabeça. Além disso, a polícia confirmou que nada foi roubado da residência, enfraquecendo significativamente a tese de latrocínio – roubo seguido de morte. A investigação, portanto, se concentra em motivos que não envolvem ganho material, como vingança, desavenças pessoais ou profissionais.

Ausência de arrombamento e latrocínio

A falta de evidências de arrombamento na residência de Pablo Frazato é um dos pontos mais importantes da investigação. Esse fato levou a polícia a considerar seriamente a possibilidade de que Frazato conhecia seu agressor e lhe concedeu acesso à casa. Tal cenário direciona as investigações para o círculo de relacionamentos da vítima, sejam eles pessoais, profissionais ou sociais. A exclusão da hipótese de latrocínio, por sua vez, permite que os investigadores concentrem seus esforços em identificar um motivo para a execução, em vez de um crime de oportunidade. A dinâmica do evento, rápida e letal, reforça a ideia de que o objetivo principal do criminoso era a morte de Frazato.

Dificuldades na análise das provas

A investigação enfrenta desafios significativos, especialmente com relação à análise de provas. Conforme mencionado, parte das imagens das câmeras de segurança foi comprometida, limitando a clareza sobre o que ocorreu nos momentos-chave. Essa perda de dados pode atrasar a identificação do suspeito e a compreensão dos detalhes do ataque. Além disso, enquanto um projétil foi encontrado na residência, sua análise balística precisa ser rigorosa para determinar o tipo de arma utilizada e se há correspondência com outros casos. O trabalho pericial se torna ainda mais crucial diante das limitações em outras frentes de prova.

A descoberta do corpo e o contexto profissional

A descoberta do corpo de Pablo Frazato ocorreu horas após o crime, revelando uma série de eventos que precederam o trágico achado. O contexto de sua vida profissional, marcado por uma iminente exoneração, adiciona uma camada de complexidade às possíveis motivações do assassinato.

O encontro do corpo e o alerta familiar

O corpo de Pablo Frazato foi encontrado pelo irmão dele dentro de um dos quartos da casa, por volta das 19h. O alerta partiu de um tio da vítima, que estranhou a falta de contato após ter um encontro marcado com Frazato e não ser atendido ao chegar ao local. Preocupado, o tio acionou o irmão de Pablo, que, ao chegar à residência, utilizou um controle remoto para abrir o portão eletrônico, fazendo a descoberta chocante. A ausência de resposta e o subsequentemente acionamento familiar indicam que Frazato não atendia a contatos desde o horário em que o crime teria ocorrido, consolidando o período do crime entre as 16h21 e a descoberta.

A iminente exoneração de Frazato

Na véspera de seu assassinato, Pablo Frazato havia sido comunicado de que seria exonerado de seu cargo de chefe de gabinete do vereador Professor Tadeu de Lima. A Câmara Municipal de São José do Rio Preto confirmou a decisão, embora o ato administrativo ainda não tivesse sido publicado oficialmente. Essa informação é de extrema relevância para a investigação, pois pode apontar para possíveis desavenças ou tensões no ambiente profissional da vítima. A polícia certamente explorará essa linha, buscando entender se a exoneração iminente poderia ter alguma relação com o crime, seja por parte de Frazato ou de terceiros envolvidos nesse processo.

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Desdobramentos da investigação e provas apreendidas

A investigação do assassinato de Pablo Frazato segue em curso, com as autoridades reunindo e analisando diversas provas para identificar o responsável. A mobilização da Guarda Civil Municipal (GCM) e da Polícia Civil é constante para desvendar o caso.

A motocicleta suspeita e a perícia

No sábado (20), um dia após o crime, a Guarda Civil Municipal (GCM) localizou uma motocicleta nas proximidades da casa da vítima. O veículo apresentava características semelhantes às da moto utilizada pelo criminoso na fuga. Um detalhe crucial é que a motocicleta encontrada estava com o motor, a placa e o chassi adulterados, o que dificulta sua rastreabilidade e sugere uma tentativa de despistar as autoridades. O delegado Fernando Tedde informou que, até o momento, não é possível confirmar se esta é a mesma motocicleta vista nas imagens de segurança. O veículo foi encaminhado para perícia especializada, que deverá confirmar ou descartar essa ligação fundamental para a elucidação do caso.

Materiais apreendidos para análise

Além da motocicleta e das imagens de segurança danificadas, outros materiais foram apreendidos para perícia. O celular da vítima, Pablo Frazato, está sob análise forense. A expectativa é que o aparelho contenha informações importantes sobre seus últimos contatos, mensagens e registros que possam revelar pistas sobre o assassino ou as motivações do crime. Um projétil também foi encontrado na residência na segunda-feira (22), e sua análise balística será fundamental para determinar a arma utilizada no assassinato. Até o momento, a polícia não realizou prisões, e a investigação continua em fase de coleta e análise de provas.

O que se sabe até o momento sobre o caso

O assassinato de Pablo Frazato permanece sob investigação intensa, com a Polícia Civil de São José do Rio Preto empenhada em identificar o autor e as motivações do crime. A ação foi rápida, durando apenas dois minutos, e as evidências iniciais indicam que a vítima pode ter permitido a entrada do agressor, dado que não houve sinais de arrombamento nem de roubo. Uma motocicleta suspeita, com características adulteradas, foi encontrada e está sob perícia, enquanto o celular da vítima e um projétil apreendido também são analisados. O fato de Frazato ter sido comunicado sobre sua iminente exoneração do cargo de chefe de gabinete adiciona uma complexa camada de análise ao caso. As autoridades trabalham com as informações fragmentadas das câmeras de segurança e demais provas para reconstruir a sequência dos eventos e levar o responsável à justiça, garantindo que o mistério seja resolvido.

Perguntas frequentes

Quem era Pablo Frazato?
Pablo Frazato, de 45 anos, era ex-chefe de gabinete do vereador Professor Tadeu de Lima (União Brasil) em São José do Rio Preto.

Quanto tempo durou o assassinato?
De acordo com o boletim de ocorrência e as imagens de câmeras de segurança, o assassinato durou apenas dois minutos, entre a entrada e a saída do suspeito da residência.

Quais são as principais hipóteses de investigação?
A polícia trabalha com a hipótese de que a própria vítima tenha permitido a entrada do assassino, devido à ausência de sinais de arrombamento. A tese de latrocínio (roubo seguido de morte) foi enfraquecida, pois nada foi roubado da residência. O foco está em identificar um motivo para a execução.

Há um suspeito identificado?
Até o momento, o suspeito não foi formalmente identificado ou preso. Uma motocicleta com características semelhantes à utilizada no crime foi localizada e está passando por perícia.

Acompanhe as notícias para obter as últimas atualizações sobre este caso em São José do Rio Preto e outros desdobramentos da segurança pública na região.

Fonte: https://g1.globo.com

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