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A agropecuária brasileira alcançou um marco significativo com a abertura de mais de 500 novos mercados internacionais para seus produtos entre 2023 e 2025. O anúncio foi feito em Brasília, durante a inauguração da sede própria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), evento que também celebrou essa expressiva conquista. As iniciativas, resultado de um trabalho coletivo do governo e da reconhecida qualidade da produção nacional, já geraram US$ 3,4 bilhões em exportações, com um potencial anual que pode ultrapassar US$ 37,5 bilhões. Esse avanço reforça a estratégia do país de consolidar sua presença global e diversificar seus parceiros comerciais.
Expansão estratégica e a diplomacia comercial
O trabalho conjunto para o mercado global
A expansão comercial do Brasil é fruto de uma colaboração robusta entre diversas esferas governamentais e o setor privado. A coordenação é liderada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), contando com a participação ativa da ApexBrasil, do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Esta sinergia tem sido crucial para remover barreiras e abrir novas oportunidades em mais de 80 países.
Autoridades envolvidas destacam que o sucesso se deve a um aprendizado acumulado ao longo de anos, permitindo ao Brasil não apenas atender às demandas do mercado interno, mas também suprir as necessidades globais com produtos de alta qualidade. Essa capacidade de produção excedentária e competitiva é vista como um cenário ideal para o desenvolvimento econômico do país. Os resultados iniciais de US$ 3,4 bilhões em exportações provenientes desses novos mercados demonstram a efetividade das ações tomadas. Estima-se que, a longo prazo, o potencial de exportação possa atingir mais de US$ 37,5 bilhões anuais, impulsionando significativamente a balança comercial brasileira e gerando riqueza em diversas cadeias produtivas.
Credibilidade e projeção internacional do agronegócio
Sanidade animal e fortalecimento da representação
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, classificou a abertura dos 500 mercados como um “feito histórico”, atribuindo-o à boa diplomacia brasileira e à intrínseca capacidade de produção do país. Um fator determinante para essa conquista é o reconhecimento da sanidade dos produtos brasileiros. Em 2025, o Brasil receberá a certificação de país livre de febre aftosa, um marco que levou 72 anos de luta e investimento para ser alcançado. Esse reconhecimento internacional da qualidade sanitária confere maior credibilidade aos produtos brasileiros, facilitando o acesso a mercados exigentes e ampliando a confiança dos importadores.
Para sustentar essa expansão, houve um reforço na representação brasileira no exterior. O número de adidos agrícolas, que são representantes do país em missões diplomáticas com foco em questões agropecuárias, foi ampliado de 29 para 40. Esses profissionais percorrem diversos países, interagindo com empresários e autoridades locais para fortalecer laços comerciais e identificar novas oportunidades. A visão é que, gradualmente, esses novos mercados se traduzirão em novos negócios e parcerias duradouras, consolidando a posição do Brasil como um dos principais fornecedores globais de alimentos e produtos agrícolas.
Roteiro global para novas parcerias
O governo brasileiro demonstra um plano ambicioso para expandir ainda mais sua presença internacional. No próximo ano, o presidente participará da Feira de Hannover, na Alemanha, um dos eventos mais importantes de inovação e tecnologia industrial do mundo. A intenção é levar o maior número possível de empresários brasileiros, com o objetivo de mostrar a competitividade e a identidade própria da indústria nacional, desmistificando a imagem de um país dependente.
Além da Alemanha, estão previstas viagens para a Coreia do Sul, onde o foco será explorar parcerias no promissor setor de cosméticos, e para a Índia, país com grande potencial em áreas estratégicas como defesa, fármacos e tecnologias agrícolas. Essas missões buscam não apenas aumentar as exportações de produtos tradicionais, mas também diversificar a pauta exportadora brasileira, explorando setores de alto valor agregado e tecnologias avançadas.
Impulsionando o comércio e a indústria nacional
A atuação da ApexBrasil e o apoio a empresas
A ApexBrasil desempenha um papel central na estratégia de internacionalização do Brasil. Entre 2023 e 2025, a agência, em conjunto com o Mapa e o MRE, coordenou mais de 170 ações internacionais em 42 países, resultando em US$ 18 bilhões em negócios projetados e atendendo mais de três mil empresas brasileiras. A atuação da ApexBrasil incluiu a organização de 19 missões presidenciais e 5 vice-presidenciais, demonstrando o engajamento de alto nível na promoção comercial.
A agência, criada oficialmente em 2003, mantém 52 convênios com diversos setores da economia brasileira, investindo em parcerias que dividem os custos de participação em eventos no exterior. Essa estratégia permite que o Brasil esteja presente em cerca de mil eventos anualmente, garantindo visibilidade e oportunidades de negócios em todo o mundo. Até outubro de 2025, a ApexBrasil apoiou 20.754 empresas no ano, sendo 66% delas micro, pequenas e médias (MPMEs), com um foco especial nas regiões Norte e Nordeste, visando a descentralização das ações de promoção comercial e a inclusão de empresas de todas as escalas e regiões.
Recordes de exportação e a visão para o futuro
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, projeta que o Brasil alcançará um novo recorde de exportação neste ano, mesmo em um cenário global de menor crescimento e preços mais baixos. A estimativa é de que as exportações atinjam US$ 345 bilhões, com uma corrente de comércio totalizando US$ 629 bilhões. Curiosamente, até produtos como o panetone registraram um aumento de 4% nas exportações, indicando a diversidade e o alcance da pauta exportadora brasileira.
Alckmin reforçou a máxima de que nenhum país alcança um crescimento forte e sustentável sem se abrir ao mundo, priorizar o comércio exterior e conquistar mercados. Essa filosofia norteia as políticas governamentais, que buscam integrar o Brasil de forma mais profunda e estratégica na economia global.
Um novo patamar para o comércio exterior brasileiro
A abertura de 500 novos mercados internacionais para a agropecuária brasileira representa um marco fundamental para o país, consolidando sua posição como uma potência global no fornecimento de alimentos e produtos agrícolas. Este sucesso é o resultado de uma estratégia governamental articulada, de uma diplomacia comercial ativa e da qualidade intrínseca da produção nacional, aliada à capacidade de inovação e à resiliência do setor privado. Com a ampliação da sanidade animal e o reforço da representação no exterior, o Brasil projeta uma imagem de confiança e competitividade. As projeções de recordes nas exportações e a busca por parcerias em setores de alta tecnologia indicam um futuro promissor, no qual o comércio exterior será um motor essencial para o desenvolvimento econômico sustentável do Brasil.
Perguntas frequentes (FAQ)
1. Quantos novos mercados o Brasil abriu para o agronegócio entre 2023 e 2025?
O Brasil abriu mais de 500 novos mercados internacionais para produtos agropecuários nesse período, em mais de 80 países.
2. Quais são os principais produtos beneficiados por essa expansão?
Entre os itens que se destacam nesses novos mercados estão carnes, algodão, frutas e pescados, evidenciando a diversidade da pauta exportadora brasileira.
3. Qual é o papel da ApexBrasil nesse processo de internacionalização?
A ApexBrasil é crucial na promoção comercial, realizando ações internacionais, estabelecendo convênios com o setor privado, apoiando mais de 3 mil empresas (principalmente MPMEs) e organizando missões comerciais e a participação em eventos globais.
4. Qual o impacto econômico esperado dessa abertura de mercados?
Inicialmente, esses novos mercados já geraram US$ 3,4 bilhões em exportações. As estimativas apontam um potencial de exportação de mais de US$ 37,5 bilhões por ano, contribuindo significativamente para o recorde de exportações previsto para o Brasil.
Para acompanhar de perto o impacto dessas novas oportunidades no comércio exterior brasileiro e as próximas etapas de expansão, continue explorando nossas análises sobre o cenário econômico global.