O inquérito policial que investigava a denúncia de estupro feita pela comediante Juliana Oliveira contra o apresentador Otávio Mesquita foi arquivado. A informação foi confirmada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.
Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do programa “The Noite”, acusou Mesquita de tê-la apalpado sem consentimento durante uma gravação do programa de Danilo Gentili, em abril de 2016.
De acordo com o Ministério Público, o inquérito foi arquivado e a decisão mantida pela Procuradoria-Geral de Justiça, após análise do recurso apresentado pela vítima. O órgão explicou que, após a promoção de arquivamento, a vítima é notificada e tem um prazo para solicitar a revisão da decisão. Caso a revisão seja solicitada, o arquivamento é encaminhado à Procuradoria-Geral de Justiça para uma decisão final. Neste caso, embora a vítima tenha pedido a revisão, a decisão de arquivamento foi mantida. Devido à natureza do procedimento, relativo a direitos da intimidade, o MP informou que não pode fornecer detalhes sobre o inquérito.
A defesa de Otávio Mesquita declarou que a Justiça foi feita. Em abril, a Polícia Civil de São Paulo, a pedido do Ministério Público, havia instaurado o inquérito policial para investigar as denúncias. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o 7° Distrito Policial de Osasco conduziu a investigação e realizou diligências para esclarecer o caso.
Na solicitação, a promotora Priscila Longarini Alves, da Promotoria de Justiça Criminal de Osasco, afirmou que existiam elementos que necessitavam de maior investigação quanto à prática de eventual infração contra a dignidade sexual de Juliana Oliveira. A promotora detalhou que a vítima, exercendo a função de assistente de palco, foi supostamente agarrada e apalpada por Mesquita durante a exibição do programa “The Noite”.
Juliana Oliveira havia detalhado o episódio, relatando que foi trancada diversas vezes no banheiro pela produção do programa para evitar encontrá-lo no estúdio. Ela afirmou que Mesquita a agarrou à força, colocando sua cabeça entre as pernas dele. A comediante também alegou que suas queixas foram ignoradas pelo programa e que a solução adotada foi não convidar Mesquita novamente, embora ele continuasse a aparecer no estúdio.
A defesa de Mesquita lamentou os “ataques pessoais” e informou que o vídeo do programa seria utilizado em uma ação indenizatória contra Juliana Oliveira para defender a honra e o bom nome do apresentador. O SBT informou que tomou todas as providências cabíveis por meio do seu Departamento de Governança Corporativa.
Na época da denúncia, Mesquita se defendeu, afirmando que a acusação era caluniosa e que, em quase dez anos do episódio, não houve nenhuma manifestação pública ou desagravo da comediante. Ele reconheceu que a “brincadeira pode ter sido indevida”, mas negou a acusação de estupro.
A defesa de Juliana Oliveira rebateu uma ação movida por Mesquita e pediu indenização de R$ 150 mil. A comediante afirmou que segue cuidando da saúde mental e que sofreu muitos ataques na internet após a denúncia.
Fonte: g1.globo.com
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