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Mais da metade da população adulta brasileira, precisamente 60,3%, enfrenta problemas com excesso de peso. Um estudo recente do Instituto Nacional de Cardiologia revelou que aproximadamente 96 milhões de brasileiros adultos se enquadram nessa condição. O excesso de peso figura como a segunda maior causa de morte evitável no país, perdendo apenas para o tabagismo.
Entre as diversas doenças cardiovasculares que podem ser desencadeadas ou agravadas pelo excesso de peso, destacam-se a doença arterial coronariana, que inclui o infarto, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a hipertensão arterial. Segundo o médico endocrinologista Herialdo Pelúcio, a obesidade é uma doença crônica, sem cura definitiva, mas passível de tratamento, sendo crucial iniciar o acompanhamento médico o mais cedo possível.
O especialista enfatiza a importância de uma dieta adequada e da prática regular de atividades físicas para evitar o acúmulo de gordura no corpo. “A ausência de uma dieta adequada e a ausência de atividade física, o sedentarismo, vai provocando um acúmulo de gordura no corpo aos poucos, vai entupindo as veias. Então, aos poucos, o paciente vai apresentando algumas doenças cardiovasculares, a pressão alta, a gordura vai se depositando no fígado. O ideal mesmo é começar a tratar logo cedo, antes que surjam essas complicações”, explica o médico.
A pesquisa do Instituto Nacional de Cardiologia também apontou que a prevalência de excesso de peso é menor entre os jovens adultos, na faixa etária de 18 a 24 anos, em comparação com as faixas etárias mais elevadas. No entanto, o estudo ressalta que esse índice tem apresentado um aumento preocupante nos últimos anos entre os jovens.
A nutricionista Ana Cláudia Ribeiro destaca que uma alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas são fatores determinantes para o controle do peso e, consequentemente, para a promoção da saúde. “A nossa dieta é uma dieta muito rica em carboidrato, é muito rica em sal, que também faz a gente ter retenção e alterar o peso. E a gente acaba priorizando mais o carboidrato simples do que o carboidrato mais complexo, como as frutas. Mas além da dieta, o sedentarismo também contribui com tudo isso. Se eu não tiver essa mudança: pensar na alimentação, pensar na atividade física, pensar no que eu realmente quero para tentar dar uma melhorada e mudar todo esse conceito, a gente não vai conseguir ter um ajuste de peso, um ajuste na nossa saúde”, afirma a nutricionista.
De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 2,3 bilhões de adultos em todo o mundo estão acima do peso, e desse total, 700 milhões são considerados obesos.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br