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Autocuidado: mais que remédios, um caminho para autonomia e bem-estar

O autocuidado emerge como um tema central, especialmente para pessoas com deficiência, doenças raras ou condições neurodivergentes, mas sua importância se estende a todos. Em discussão recente, as jornalistas Raíssa Saraiva e Patrícia Serrão exploraram o significado de cuidar de si com responsabilidade, atenção e afeto.

A conversa contou com as perspectivas de Cibele Zanotta, presidente-executiva da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (ACESSA), e Tatiana Branco, diretora médica da Biogen. Branco detalhou como ferramentas tecnológicas, como o aplicativo Cleo, auxiliam pessoas com Esclerose Múltipla no monitoramento de sintomas, emoções e rotinas, promovendo uma gestão mais ativa da própria saúde.

O debate revelou que o autocuidado transcende a mera utilização de medicamentos. Envolve um profundo conhecimento do próprio corpo, o reconhecimento e respeito aos próprios limites e a busca por apoio quando necessário. Zanotta ressaltou que o autocuidado é uma ferramenta para empoderar as pessoas, ajudando-as a se conhecerem e a tomarem decisões corretas sobre sua saúde. Ela enfatizou a importância de prestar atenção aos sinais do corpo e registrar informações relevantes, como febre, reações a alimentos ou mal-estar após atividades físicas, para facilitar a comunicação com profissionais de saúde.

Além de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) e dermocosméticos, Zanotta apontou para a relevância de dispositivos como termômetros e medidores de pressão, que permitem o monitoramento da saúde em casa. Ela também destacou a importância de criar uma rotina de autocuidado, utilizando ferramentas como planners para organizar tarefas e registrar sintomas.

O aplicativo Cleo, desenvolvido pela Biogen, é um exemplo de como a tecnologia pode auxiliar no autocuidado. Tatiana Branco explicou que o aplicativo oferece serviços e conteúdos personalizados para pessoas com Esclerose Múltipla, cuidadores, profissionais de saúde e associações de pacientes. O Cleo permite o registro de emoções e sintomas, auxiliando na identificação de gatilhos e promovendo a autonomia na jornada de saúde.

Tanto a ACESSA quanto a Biogen disponibilizam conteúdos informativos e ferramentas para promover o autocuidado. A ACESSA oferece um guia e um planner de autocuidado em seu site, enquanto a Biogen possui ações voltadas para outras doenças raras e degenerativas, como a Atrofia Muscular Espinhal (AME) e a Ataxia de Friedreich, com informações disponíveis em sites específicos.

O autocuidado é um tema crucial para todos, independentemente de condições específicas de saúde. Conhecer o próprio corpo e estar atento aos sinais de alerta facilita a identificação precoce de problemas e o acesso a um diagnóstico rápido, o que pode fazer toda a diferença.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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