© Valter Campanato/Agência Brasil

Prisão de bolsonaro ganha destaque na mídia internacional

A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, ocorrida na manhã deste sábado, repercutiu nos principais veículos de comunicação ao redor do mundo, estampando manchetes e gerando debates sobre o futuro político do país. A ordem de prisão preventiva foi emitida pelo ministro Alexandre de Moraes.

O jornal britânico The Guardian destacou em sua capa uma imagem de Bolsonaro com a manchete “Polícia brasileira prende Bolsonaro em meio a suspeitas de que ele preparava fuga”. A publicação ressaltou a desconfiança das autoridades brasileiras de que o ex-presidente poderia tentar asilo em uma embaixada estrangeira para evitar a prisão, em decorrência das acusações de planejar um golpe militar.

Na França, o Le Monde também noticiou em sua página inicial a prisão preventiva, enfatizando a condenação por tentativa de golpe de estado e o “risco de fuga” como justificativas para a detenção.

O The Washington Post, nos Estados Unidos, relatou a prisão de Bolsonaro sob alegações de tentativa de fuga, mencionando que um juiz ordenou a prisão após a constatação de que a tornozeleira eletrônica do ex-presidente havia sido adulterada. A publicação também lembrou que Bolsonaro foi condenado este ano por tentativa de golpe de estado.

Na Argentina, o Clarín informou sobre a prisão, destacando a alegação do Supremo Tribunal Federal (STF) de que Bolsonaro teria rompido sua tornozeleira eletrônica. O jornal detalhou que o Centro de Monitoramento Integrado de Brasília registrou uma “violação” no dispositivo, o que, segundo Moraes, indicaria a intenção do ex-presidente de fugir durante uma vigília convocada por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro.

O Al Jazeera, do Catar, também repercutiu a prisão preventiva, informando que o ex-presidente, de 70 anos, foi levado de sua residência para o quartel-general da Polícia Federal em Brasília.

A Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão preventiva em cumprimento a decisão do STF. O senador Flávio Bolsonaro havia convocado, pelas redes sociais, uma vigília de orações próxima à casa onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde o início de agosto.

O ministro Alexandre de Moraes, em sua decisão, mencionou que a reunião poderia causar tumulto e até mesmo facilitar uma eventual tentativa de fuga do réu, além da já verificada tentativa de violar a tornozeleira eletrônica.

Moraes determinou a realização de uma audiência de custódia por videoconferência na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal, com a disponibilização de atendimento médico em tempo integral ao ex-presidente.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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