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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lança nesta quinta-feira (20) a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”. A iniciativa, que coincide com o Dia da Consciência Negra, tem como objetivo promover a reflexão e sensibilizar a sociedade e o Poder Judiciário sobre as diversas formas de violência de gênero que afetam mulheres e meninas no Brasil.
A campanha se inspira na ação mundial “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a mulher”, movimento global criado em 1991 em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, vítimas de assassinato na República Dominicana em 1960.
De acordo com dados de organizações nacionais e internacionais, uma parcela significativa das vítimas de feminicídio no Brasil são mulheres negras, evidenciando a interseccionalidade entre raça e gênero na violência.
Entre as atividades programadas, destaca-se o seminário do dia 26 de novembro, focado na proteção e combate à violência digital contra meninas e mulheres. Segundo a juíza auxiliar da presidência do CNJ, Suzana Massako, o ambiente virtual se tornou um espaço de risco, onde jovens enfrentam perseguição, exposição de imagens íntimas, extorsões e manipulações, com consequências muitas vezes irreversíveis.
O CNJ ressalta que a campanha está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, em particular com o ODS 5, que visa alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas.
Dados recentes revelam a urgência da campanha. De acordo com o “Mapa Nacional da Violência de Gênero 2025”, quase 720 feminicídios foram registrados no país somente no primeiro semestre deste ano.
A campanha enfatiza a importância de denunciar qualquer forma de violência contra a mulher. A população pode buscar ajuda através do Disque 180, do número de emergência 190, em delegacias e também por meio de aplicativos e canais digitais, como o Proteja Brasil.
A campanha se estenderá até o dia 10 de dezembro.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br