O modelo de trabalho remoto, impulsionado pela pandemia, mostra sinais de arrefecimento no Brasil. Após dois anos de crescimento, a proporção de pessoas em regime de home office apresentou um recuo em 2024, atingindo 7,9% da força de trabalho. Os dados revelam que aproximadamente 6,6 milhões de brasileiros exerciam suas atividades profissionais em suas residências no ano passado, um número ligeiramente inferior aos mais de 6,7 milhões registrados em 2022.
O ano de 2023 já havia sinalizado essa mudança de direção, com 6,61 milhões de trabalhadores em home office, representando 8,2% do total. Os números foram apurados em um levantamento que exclui empregados do setor público e trabalhadores domésticos, considerando um universo de 82,9 milhões de pessoas ocupadas em 2024.
Segundo analistas, a classificação de trabalho no domicílio de residência engloba também aqueles que optam por espaços de coworking, ou seja, escritórios compartilhados. As mulheres representam a maioria dos trabalhadores em home office, correspondendo a 61,6% desse grupo. A pesquisa revela, ainda, que 13% das mulheres empregadas trabalhavam remotamente, enquanto entre os homens essa parcela era de 4,9%.
Embora o home office tenha perdido força nos últimos dois anos, os níveis ainda superam os patamares pré-pandemia. Em 2012, apenas 3,6% dos trabalhadores atuavam em suas residências, percentual que subiu para 5,8% em 2019, atingindo o pico de 8,4% em 2022.
A redução do trabalho remoto tem gerado descontentamento em algumas empresas. Recentemente, um banco anunciou o retorno gradual ao trabalho presencial, medida que culminou no desligamento de funcionários, conforme relatos de sindicatos. Em outro setor, trabalhadores realizaram paralisações em protesto contra a diminuição do teletrabalho.
O levantamento também detalha a distribuição dos trabalhadores por local de trabalho. A maioria (59,4%) exerce suas atividades no estabelecimento do próprio empreendimento, seguido por locais designados pelo empregador (14,2%) e áreas rurais (8,6%). O trabalho em veículos automotores, por sua vez, passou de 3,7% em 2012 para 4,9% em 2024, reflexo do crescimento de serviços de aplicativos e da popularização dos food trucks. Apesar desse aumento, as mulheres representam apenas 5,4% dos trabalhadores que utilizam veículos como local de trabalho, com uma taxa de 7,5% entre os homens e 0,7% entre as mulheres.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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