O Tesouro Nacional concluiu com sucesso a sua terceira emissão de títulos soberanos sustentáveis no mercado internacional, alcançando um montante de US$ 2,25 bilhões. A operação, realizada nos Estados Unidos, envolveu a emissão de um novo título com vencimento em sete anos, o Global 2033 Sustentável, e a reabertura do título Global 2035.
O Global 2033 Sustentável, com data de vencimento fixada para 4 de fevereiro de 2033, foi emitido no valor de US$ 1,5 bilhão. Este título oferece aos investidores juros de 5,75% ao ano, pagos semestralmente em fevereiro e agosto, mediante um cupom de 5,5% ao ano.
O título sustentável, destinado ao financiamento de projetos com impacto social e ambiental positivo, apresentou um spread de 187,4 pontos-base acima do título do Tesouro dos Estados Unidos. O Tesouro Nacional avalia que esse prêmio de risco é historicamente baixo, refletindo a confiança do mercado internacional na estabilidade fiscal do país.
Os recursos obtidos com a emissão do título sustentável serão alocados em despesas elegíveis nas áreas ambiental e social, em conformidade com o Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis. A aplicação dos recursos seguirá um plano indicativo, com 50% a 60% destinados a gastos ambientais e 40% a 50% para despesas sociais, garantindo transparência no uso dos fundos.
Adicionalmente, o governo brasileiro expandiu o volume do Global 2035 em US$ 750 milhões. Este título, lançado originalmente em fevereiro, agora soma US$ 4,5 bilhões em circulação, considerando todas as emissões realizadas até o momento. O Global 2035 tem vencimento previsto para 15 de março de 2035 e oferece juros de 6,2% ao ano, com um spread de 210,9 pontos-base sobre os títulos de dez anos do Tesouro americano.
A operação atraiu uma demanda significativa, superando em aproximadamente três vezes o volume ofertado, com o livro de ordens alcançando cerca de US$ 6,7 bilhões. A emissão contou com a participação de mais de 150 investidores, com uma alocação final de 74% concentrada em investidores da Europa e da América do Norte, incluindo fundos com foco em critérios ESG (ambiental, social e de governança).
O Tesouro Nacional enfatiza que a nova emissão fortalece o papel da dívida externa na diversificação da base de investidores e no alongamento do prazo médio da Dívida Pública Federal. Além disso, contribui para o desenvolvimento de benchmarks líquidos para futuras emissões corporativas brasileiras no exterior.
A operação foi coordenada pelos bancos Citibank, Deutsche Bank e Goldman Sachs. A liquidação financeira, que representa a incorporação dos recursos às reservas internacionais do Brasil, está agendada para 14 de novembro.
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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