© Diogo Zacarias

Haddad almeja us$ 10 bi para fundo de proteção florestal até fim de 2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou em São Paulo que o Brasil tem como meta angariar US$ 10 bilhões em investimentos públicos para o Fundo Tropical das Florestas (TFFF). O mecanismo visa recompensar financeiramente, por meio de um fundo de investimento global, os países que preservam suas florestas tropicais.

Haddad declarou que essa meta deve ser alcançada até o final do próximo ano, durante a presidência brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O valor estimado refere-se a recursos governamentais, com potencial de expansão através da adesão de outras entidades, como fundações, fundos e empresas.

“Se encerrarmos o primeiro ano com US$ 10 bilhões em recursos públicos, será um grande feito”, afirmou o ministro após participar de reuniões do evento COP30 Business & Finance Forum, promovido pela Bloomberg Philanthropies.

Para atingir a meta, Haddad destacou que a adesão de alguns países do G20 seria suficiente para iniciar a remuneração de países que mantêm florestas tropicais, especialmente aqueles com dívidas, que carecem de recursos para a preservação. O TFF atuaria como suporte a essa iniciativa.

Haddad reconheceu que a proposta é ambiciosa, mas acredita que é viável. Ele expressou otimismo em relação à aprovação da proposta. “Acredito que, das ideias originais que surgiram nos últimos anos, o TFF é o que está mais pronto para dar mais certo. Tem uma outra que é muito grande, que é a coalizão do mercado de carbono, mas que vai exigir muita engenharia para sair do papel”, declarou.

O objetivo final do governo é reunir US$ 125 bilhões para o fundo, com 20% (US$ 25 bilhões) provenientes de países soberanos e 80% (US$ 100 bilhões) de capital privado.

Durante o evento em São Paulo, Haddad mencionou que a primeira rodada de negociação, com a participação de investidores e financiadores, indicou “sinais concretos de que algumas ideias podem começar a sair do papel”. Ele ressaltou que as reuniões demonstraram uma maior disposição para que a COP no Brasil seja um marco.

“Pelo que ouvi hoje dos investidores e dos financiadores, há uma disposição maior para colocar esse trem para andar mais rápido. Então, eu acredito que nós vamos ter uma grande COP”, afirmou o ministro. “Já temos alguns países sinalizando anúncios durante a COP”, acrescentou.

Haddad salientou que o Brasil tem liderado um debate global sobre sustentabilidade. “Não só na COP, mas no G20 nós viemos liderando o debate sobre sustentabilidade, tanto é verdade que, pela primeira vez, nós temos um clube de ministros de finanças participando da COP e entregando um relatório para a COP. Isso já é fruto do trabalho que foi feito no G20”, disse ele. “O Brasil quis fazer dessa COP uma COP pragmática e propositiva”, concluiu.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br

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