O Governo Federal celebrou, nesta sexta-feira (22/08), a retomada da indústria hidrelétrica no Brasil com a realização do Leilão de Energia Nova A-5. O certame contratou 815,6 megawatts (MW) em 65 novas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) e Usinas Hidrelétricas de até 50 megawatts, distribuídas em 13 estados. O investimento estimado é de R$ 8 bilhões, com previsão de entrada em operação em 2030.
O leilão foi conduzido de acordo com as diretrizes do Ministério de Minas e Energia (MME) e operacionalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O preço médio alcançado foi de R$ 392,84 por megawatt-hora (MWh), com deságio de 3,16%, em contratos de 20 anos.
As Pequenas Centrais Hidrelétricas representam um modelo estratégico para a expansão da matriz elétrica brasileira, por causarem menor impacto ambiental, complementarem fontes intermitentes como solar e eólica e estarem espalhadas por todo o território nacional, reduzindo a necessidade de grandes corredores de transmissão.
DESENVOLVIMENTO — De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a retomada do setor hidrelétrico impulsiona a indústria e a siderurgia brasileiras. Cada 1 GW contratado, por exemplo, gera demanda de aproximadamente 120 toneladas de aço e 2,5 milhões de metros cúbicos de concreto, fortalecendo setores estratégicos da economia nacional, como siderurgia e cimento.
DEMANDA – “Dominamos todas as etapas da cadeia de produção, desde a engenharia até a operação. É demanda de aço para empresas como Gerdau, Usiminas e Arcelor Mittal. Também serão 2,5 milhões de metros cúbicos de concreto. Falamos de Votorantim Cimentos e Intercement, por exemplo. É alternativa para nossa indústria, que atravessa um delicado momento em virtude das tarifas impostas pelos norte-americanos. Me refiro à CSN, Açominas, Usiminas, Gerdau e Arcelor Mittal”, afirmou o ministro.
CRESCIMENTO – O ministro lembrou que os municípios que recebem empreendimentos hidrelétricos registram crescimento significativo no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), com impacto direto na renda e na qualidade de vida.
“Os reservatórios dessas usinas ainda oferecem usos múltiplos, como abastecimento de água para irrigação, apoio à agricultura familiar e ao agronegócio, incentivo à piscicultura e, em alguns casos, fomento ao turismo. “Elas desenvolvem o interior do Brasil”, pontuou Silveira.
TRANSIÇÃO ENERGÉTICA — O certame, conduzido em conformidade com as diretrizes da Portaria nº 95/GM/MME, de 19 de dezembro de 2024, reafirma os princípios que orientam a atuação do Governo Federal no setor: respeito aos contratos, segurança jurídica e previsibilidade regulatória. A estratégia de contratação reforça o compromisso de viabilizar investimentos sustentáveis, garantir expansão equilibrada da matriz elétrica e contribuir para a transição energética, com valorização de fontes renováveis. Com o resultado, o Brasil reafirma o papel estratégico das hidrelétricas de pequeno porte na diversificação regional, desenvolvimento local, na modicidade tarifária e na segurança do suprimento de energia elétrica para toda a sociedade.
Fonte: GOV.BR
Foto: Tauan Alencar / MME
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