“Para quem teve um celular roubado hoje de manhã, a segurança não vai bem, e o governo não se acomoda com isso. Nós estamos atentos. A nossa vida está voltando ao normal; infelizmente, crimes contra o patrimônio estão voltando aos patamares de 2019, e nós estamos colocando mais polícia na rua para evitar esses crimes”, afirmou.
A PM disse que desde quarta-feira passada intensificou as blitzes nas ruas. “Nós já fizemos mais de 7,5 mil vistoriais, quase 300 veículos foram apreendidos só nessa Operação Sufoco, nesses primeiros dias da operação. Isso deve continuar e não tem prazo para acabar”, informa o coronel Álvaro Camilo, secretário-executivo da PM-SP.
Um jovem de 18 anos foi mais uma vítima da violência em São Paulo. Nesta segunda, quando chegava na escola, na Zona Leste, bandidos tentaram levar o celular dele e de duas amigas. Caíque reagiu e foi baleado.
“Eu tinha acabado de chegar com as minhas amigas; a gente se encontrou na esquina da escola e sentou. Na hora que a gente sentou, os malucos chegaram gritando ‘perdeu, perdeu, perdeu’. Eu levei quatros tiros, três na perna direita e um na perna esquerda”, conta.
“Um conselho para ninguém fazer isso, reagir. Assaltou? Deixa levar o celular e vida que segue. Bens materiais a gente compra outro. Deu foi muita sorte, né?”, diz o pai do Caíque.
“O que é necessário nesse momento é que as instituições de controle – as polícias, mas também os outros players desse negócio, como por exemplo as instituições bancárias, os aplicativos -, possam colocar restrições a essa facilidade que os criminosos hoje encontram para realizar esses assaltos e, posteriormente, aplicar esses golpes, fazer essas transferências com muita facilidade”, explica.
A Federação Brasileira de Bancos declarou que orienta os clientes a sempre usar o bloqueio de tela no celular, e nunca salvar a senha no aparelho. Lembrou ainda que, em caso de roubo, perda ou furto, é preciso pedir à operadora telefônica o bloqueio imediato do aparelho e comunicar à polícia.