A macaca sagui de tufo branco Dody, apreendida pela Polícia Civil na casa de um dos diretores da Organização Social Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde) na capital paulista será levada ao Parque Ecológico do Tietê. A apreensão ocorreu no âmbito de operação que apura desvios em contratos com a Prefeitura do Rio de Janeiro.
Na capital paulista foram cumpridos dois mandados de busca, segundo a polícia.
O diretor do Iabas, Luciano Artioli Moreira, que estava com o sagui sem sua casa assinou um termo circunstanciado de crime ambiental e foi multado por não ter autorização para manter o animal em cativeiro. Na casa do diretor também foram encontrados outros animais, entre eles duas galinhas, uma tartaruga exótica tigre d’água americana e duas calopsitas.
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Os animais foram levados para a sede da Delegacia Geral da Polícia Civil de São Paulo, no Centro da capital paulista.
A operação
A ação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro investiga desvios de R$ 6,5 milhões em contratos da Iabas com a Prefeitura do Rio. Foram presos, no Rio de Janeiro, os empresários Marcos Duarte da Cruz e Francesco Favorito Sciammarella Neto.
A polícia procurava ainda por Luis Eduardo Cruz, ex-controlador do Iabas, a mulher dele, Simone Amaral da Silva Cruz, e Adriane Pereira Reis.
Segundo a força-tarefa, a antiga gestão do Iabas recebeu, entre os anos de 2009 e início de 2019 — nas gestões de Eduardo Paes e Marcelo Crivella –, R$ 4,3 bilhões em recursos públicos, dos quais os R$ 6,5 milhões teriam sido desviados. Ainda não se sabe quando esse esquema começou.
Segundo as investigações, o esquema movimentou cerca de R$ 6,5 milhões e envolvia superfaturamento e contratações de fornecedores laranjas (pelo Iabas), que eram supostamente controlados pelo próprio Eduardo Cruz. O dinheiro, aponta a investigação, era sacado na boca do caixa.
A nota do Iabas:
O Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde informa que na manhã de hoje [quinta, 23] sua sede foi alvo de uma operação de busca e apreensão relativa a contratos de gestão com a Prefeitura do Rio de Janeiro, que não estão mais vigentes.
A investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro não abrange os contratos dos hospitais de campanha com o governo do Rio de Janeiro, nem com os contratos mantidos com a Prefeitura de São Paulo e o governo do Mato Grosso.
O Iabas está colaborando com as autoridades, mas ressalta que mantém estritos padrões de comportamento ético e legal e que presta regularmente contas de suas ações aos órgãos de controle das entidades contratantes e aos Tribunais de Contas.
Todas as suas prestações de contas relativas aos contratos com a Prefeitura do Rio foram aprovadas, apenas as informações de 2019 ainda estão sob análise.
O instituto aguarda o desenvolvimento das investigações para saber o que há de concreto nas ilações apresentadas pelo Ministério Público do Rio.
Por fim, o Iabas ressalta que Luiz Eduardo Cruz não possui mais nenhuma relação com o instituto desde setembro de 2017. A direção do Iabas desconhece que qualquer empresa ligada à família de Luiz Eduardo Cruz mantenha contrato com a instituição.
Fonte: G1
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