Até a tarde desta terça (26), a irmã de Fernanda, Roberta Regina Rossi Serme, de 40 anos, continuava foragida da Justiça. As duas, além da auxiliar de limpeza Solange da Silva Hernandez, de 55 anos, foram responsabilizadas criminalmente por suspeita de participarem dos castigos aos alunos que choravam ou se recusavam a se alimentar.
O caso teve uma grande repercussão depois que vídeos de bebês sofrendo maus-tratos viralizaram nas redes sociais. As imagens mostram alunos da creche amarrados com lençóis e chorando em banheiros. Eles aparecem com os braços imobilizados, enrolados com panos, como se usassem camisas de força. Fotos de crianças machucadas também foram compartilhadas.
Quando foi presa, Fernanda negou as acusações à imprensa. “Nenhuma de nós [maltratava as crianças]. Isso vai ser provado”, disse a pedagoga, quando estava num carro da polícia na delegacia em Mogi das Cruzes. Ela não ofereceu resistência e se entregou ao ser comunicada pelos policiais do mandado de prisão.
De acordo com o que testemunhas disseram à polícia, apesar de não participar diretamente dos maus-tratos aos alunos, Fernanda era conivente com a situação. Ainda segundo os depoimentos, Roberta era quem amarrava as crianças. Há ainda relatos de que Solange chegou a cobrir a cabeça de um bebê com uma coberta e ele ficou internado num hospital após sentir dificuldades de respirar.
Todas as três investigadas negam as acusações e se dizem inocentes. A Colmeia Mágica atende alunos de 0 a 5 anos de idade, do berçário ao ensino infantil. Os vídeos e fotos dos alunos amarrados e chorando provocaram protestos dos pais dos alunos e indignação da população. O caso foi revelado em março pelo g1.
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