O prefeito Bruno Covas afirmou nesta quinta-feira (28), durante a #LiveJR, que conta com a ajuda dos comerciantes da cidade de São Paulo na fiscalização com as normas de saúde durante a reabertura das atividades na pandemia do novo coronavírus.
“Queremos que não apenas a fiscalização seja feita pela prefeitura mas também as entidades representativas ajudem nessa fiscalização. Os maiores interessados em que a gente possa reabrir são os próprios comerciantes, e eles têm que ajudar a prefeitura na fiscalização. A autotutela tem que estar presente nesses protocolos”, afirmou Covas.
Para isso, o prefeito disse ainda que “o 156 (canal de atendimento) continua como a forma de qualquer tipo de denúncia na cidade de São Paulo”.
Na quarta-feira (27), o governador João Doria havia anunciado a chamada “retomada consciente” da atividade econômica no estado de São Paulo. Segundo ele, a flexibilização ocorrerá de forma gradual e heterogênea, de acordo com a evolução da pandemia em cada região.
Com isso, Bruno Covas definiu que, a partir de 1º de junho, a gestão municipal analisará os protocolos dos setores que poderão ser reabertos.
As empresas terão de criar estes protocolos, posteriormente submetidos à Secretaria de Trabalho e que deverão ter o aval da Vigilancia Sanitária.
Serão cinco os setores que poderão reabrir: imobiliárias, veículos, escritórios, comércios e shoppings. Os pré-requisitos para abertura são protocolos de saúde, higiene, testagem, autorregulação, política de comunicação com regras e protocolos para funcionários e clientes. Escolas e creches permanecerão fechadas.
Segundo a administração municipal, São Paulo tem 3.619 mortes confirmadas e 3.777 com suspeita da doença. O número de casos suspeitos é de 180.720 e o de confirmados é de 54.948. Ao todo, 53.959 pessoas se curaram da doença na capital. A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 92%.
Com cem mil desempregados na cidade, de acordo com os últimos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a recuperação deve levar “de dois a três anos”, na avaliação do prefeito. A alta do desemprego deve se refletir no numerp de moradores de rua.
O prefeito afirmou que é pré-candidato à reeleição para a prefeitura de São Paulo e diz que, por ser pré-candidato, não tem a imparcialidade necessária para avaliar a possibilidade de adiamento das eleições municipais deste ano. “Deixo a decisão para o Congresso Nacional”, afirmou.
Diagnosticado com câncer no final do ano passado, Covas afirmou que a doença mudou sua percepção sobre o sistema de saúde e que “é inadmissível” que haja tratamento diferenciado entre quem paga ou não um plano de saúde privado.
Ele lembrou que implantou o corujão do Câncer para zerar a fina de espera no atendimento de pacientes oncológicos. “Cada dia que você economiza o tempo de diagnostico e o inicio do tratamento, você aumenta a possibilidade de sobrevida”, disse.
Perguntado sobre os milhares de funcionários do sistema municipal de saúde afastados por casos confirmados de covid-19 ou com suspeitas, Covas se defendeu afirmando que, por conta da baixa produção de máscaras, a fase inicial da pandemia foi difícil para cidades em todo o mundo, e que nesta sexta (29) a prefeitura iniciará a testagem dos 90 mil profissionais da rede municipal.
O prefeito afirmou também que a cidade deve acrescentar mais 550 leitos hospitalares, e que terá, até domingo, mais 380 respiradores.
Covas negou a possibilidade de dar desconto no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). A pandemia provocou impacto de R$ 7,7 bilhões a R$ 9 bilhões de perdas em arrecadação municipal. “Temos que nos reorganizar com perdas acima de 10%”, afirmou.
Segundo ele, o paulistano “não vai ouvir falar de desconto de IPTU porque através do IPTU é que a gente põe mais leitos nos hospitais”. Covas citou ainda que a arrecadação ajuda a manter outros custos da cidade, como o de transportes.
O prefeito descartou a possibilidade de o Carnaval ter contribuído para o avanço da pandemia na cidade de São Paulo.
“Tivemos o primeiro caso de transmissão comunitária depois de dez dias do fim do carnaval”, argumentou Covas.
Fonte: R7
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