A 15 dias do término do prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda 2020, mais de 12,8 milhões de brasileiros ainda não entregaram os dados para a Receita Federal. O número representa cerca de 40% da expectativa de entrega para este ano, estimada em 32 milhões de informes. Por causa da pandemia do novo coronavírus, o governo adiou a entrega dos dados preenchidos para 30 de junho.
A Receita informou que recebeu 19.142.089 declarações até a manhã desta segunda-feira (15). No ano passado, 46% dos contribuintes já haviam preenchido os dados 15 dias antes do fim do prazo de entrega.
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“Você tem que preencher antes justamente para conferir se não está faltando alguma documentação ou recibo que você não está encontrando. De qualquer forma, é melhor entregar a declaração com alguma informação incompleta e depois fazer uma retificação do que correr o risco de pagar uma multa depois. Só tem de tomar cuidado para escolher o tipo certo de declaração (simplificada ou completa), pois você não pode mudar isso”, afirma.
O especialista também diz que é preciso conferir os dados mesmo que o contribuinte tenha contratado um contador. “Mesmo que você recorra à ajuda de um contador, a responsabilidade pelo preenchimento é sua. Ainda mais nesses últimos dias, em que o contador pode estar mais sobrecarregado e não conseguir conferir todas as informações, é importante conferir todos os dados antes de enviar”, diz Gomes.
O contribuinte que perder o prazo estará sujeito a multa de 1% sobre o valor total do imposto devido. A cobrança mínima pelo atraso foi fixada em R$ 165,74 e poderá atingir o valor máximo de até 20% do valor do imposto devido.
Calendário de restituição
Apesar da postergação do prazo de entrega da declaração, o calendário de restituição do Imposto de Renda foi mantido. Os cinco lotes de pagamento começaram em 29 de maio e terminarão no dia 30 de setembro. Como nos anos anteriores, a Receita prioriza a restituição de idosos, portadores de deficiência física ou mental e aqueles cuja maior fonte de renda é o magistério. Em seguida, os demais contribuintes receberão a restituição.
Os primeiros lotes serão pagos para quem entregou a declaração mais cedo. Para a formação de cada parcela de restituição, serão consideradas as declarações transmitidas e processadas até a data de emissão do respectivo lote, que ocorre cerca de 15 dias antes da data do pagamento.
Confira as datas dos lotes de restituição do Imposto de Renda 2020:
1º: 29/05
3º: 31/07
4º: 31/08
5º: 30/09
Por causa do adiamento do prazo de entrega, as restituições pagas nos lotes de maio e junho não serão corrigidas com a aplicação da taxa básica de juros, a Selic, conforme indicado no site da Receita. Ainda não há previsão para o início da consulta das restituições do 2º lote.
Quem deve declarar Imposto de Renda em 2020
– Quem recebeu rendimentos tributáveis cuja soma foi superior a R$ 28.559,70; sobre atividade rural, teve receita bruta superior a R$ 142.798,50;
– Quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma seja superior a R$ 40 mil;
– Também deve declarar quem é proprietário de bens com valores superiores a R$ 300 mil, e ainda as pessoas físicas que obtiveram ganhos de capital na alienação de bens, realizaram operações em bolsas de valores, ou passaram a ser residentes no Brasil no ano passado;
– Os contribuintes com poucas despesas poderão optar pela versão simplificada da declaração, que deduz automaticamente 20% sobre os valores dos rendimentos tributáveis – até um máximo de R$ 16.754,34;
– Como já havia sido anunciado no ano passado, a dedução da contribuição patronal sobre empregados domésticos deixa de existir a partir de agora. No ano passado, esse desconto era de R$ 1.200,32.
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Fonte: R7
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